16.3.08

Códigos e pratos

Por que os restaurantes agora têm mania de fazer seus garçons anotarem os pedidos pelos códigos dos pratos? Não entendo. E não gosto.

Não importa o tipo do estabelecimento: lanchonete, italiano, alemão, pequeno, grande, refinado ou simples. Você pede um penne ao sugo e eles rebatem com uma pergunta: "Qual é o código?", procurando no cardápio que provavelmente está na sua mão.

Outro dia estava em um restaurante muito simpático de Moema, com uma ótima comida italiana, bem feita, barata e bem servida. Éramos uma mesa de sete pessoas. Chega a garçonete para pegar os pedidos: "Pra mim ravióli de espinafre", "Eu quero lasanha verde", "Ah, eu vou querer o Penne à carbonara" e assim por diante. E a garçonete buscando os códigos no cardápio para anotar em seu bloquinho.

Na hora de confirmar, para não ter erro, ela solta: "Então são dois número 355, um número 234, um 456, dois 990 e um 123", certo? Na mesa, olhares confusos. "Certo, fazer o quê?"

Pode até ser que facilite na hora de o restaurante fazer a conta final, mas isso não deveria interferir no diálogo comensal/garçom. Se é importante que os números dos pratos sejam passados para a cozinha, ou mesmo para o computador, que isso seja feito depois de um pedido anotado. Afinal de contas, tudo o que uma pessoa quer quando sai para comer, é sossego.

15.3.08

Golden Door

Alguém já ouviu falar do Projeto Julie/Julia? Uma (louca) norte-americana estava insatisfeita com a vida que levava e decidiu que faria todas as receitas do livro Mastering the Art of French Cook, de Julia Child, durante um ano. Eram 524 receitas.

Julie criou um blog e detalhou todas as suas peripécias no percurso. O projeto fez sucesso e acabou virando um livro. Mas não, não é essa a dica da semana -apesar de ter sido inspirada a partir da leitura deste livro.

A dica é do Purely Golden Door, um livro realizado por um spa australiano, que busca o bem-estar através da alimentação adequada, exercícios físicos e relaxamento. No entanto, ao contrário do que se pode imaginar, a comida indicada por ele está longe de ser sem graça, ou parecida com um regime.

O que o livro de Julie tem com isso? Bom, ele me inspirou a testar os ensinamentos do Purely Golden Door. Durante o próximo mês, durante todas as minhas refeições em casa, prepararei um de seus pratos, pelo menos, para ver se consigo resultados reais. No final do projeto conto aqui o resultado.

E quais são esses ensinamentos? Muitos, a começar pela forma como nos alimentamos. Segundo seus autores, devemos diminuir o número de carboidratos processados do nosso dia-a-dia, como farinha branca e açúcar, trocando-os pelos integrais. Ainda pregam que é necessário cerca de 1 a 2 gramas de proteína por dia (carne, por exemplo) por peso do corpo, e explicam que, mantendo seu índice glicêmico estável, você se sente saciado por mais tempo e não tem "aquela vontade incontrolável" de comer doce.

No livro (lindíssimo visualmente, por sinal) há receitas do café da manhã à sobremesa do jantar. Para elas são usados ingredientes saudáveis, integrais, pouco açúcar, sal e nenhuma comida processada. Você pode fazer desde muffin até chilli para sua "noite mexicana".

Os chefs do spa indicam métodos mais saudáveis de preparação dos alimentos, como, por exemplo, refogar a cebola com água, ao invés de óleo. Ao final de cada receita, há um serviço nutricional, com calorias, quantidade de proteína, carboidratos, fibras e sódio do prato.

Dá para passar (muita) vontade no site do spa.